Podes não acreditar pai , mas eu no outro dia , mesmo á pouco tempo , fui á caixinha onde guardo a roupa (calções verde tropa , camisola castanha e o sinto) que tu utilizaste horas antes de partires . Fui á caixa , tirei a tampa , peguei na roupa , cheirei-a e abracei-a e ainda tinha o teu cheiro , o perfume que tu utilizavas todos os dias , após ter passado um ano , como é incrível ainda ter o cheiro.
 Abracei a roupa , deitei-me na minha cama , as lágrimas escorriam-me pelo rosto e comecei a relembrar todos os momentos que passamos juntos e senti uma vontade enorme de revive-los de novo. Até tive saudades daqueles dias que ralhavas comigo , em que eu odiava , porque chateavas-me a sério , mas eu sabia perfeitamente que era para o meu bem , mas odiava e ficava com alto ódio , mas até disso eu tenho saudades . Tenho saudades da tua voz , do teu feitio , que nem sempre era o melhor , mas tenho saudades . Bem … , continuando , dos teus beijinhos , dos teus abraços , da mania de andares quase sempre atrás de mim para me tirares fotografias , da maneira de andares , da maneira de comeres , ou seja , de TUDO o que tu eras e que já não és.  Agora só são lembranças e um passado bem presente na minha vida. As saudades são cada vez maiores e eu tento mata-las em fotos tuas , em fotos nossas.
Talvez um dia nos encontraremos , por isso , isto não é um ‘adeus’ , mas sim um ‘ate já’.
Amo-te pai.
PS: Desculpem se não tenho jeito para escrever , mas eu escrevo porque gosto *